Ainda quase muito é tudo ainda...

Acho que estou a um passo de saber quem sou, para onde vou... o problema é que esse um passo deve medir, no mínimo, milhares de quilômetros.

Mas eu passei por aqui para sentir somente a poesia, ver se consigo dizer algumas palavras, nada demais, tudo simples demais como dizer "te quero bem, que é quase..."

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Acho que estou tão perto de ser quem sei, sem saber do longe... acho que posso ter, sem ter de ser. A distância é cerco, mas o mar é perto, o céu aberto e a Terra um ponto...

Passamos para sentir e sentir nos basta, mesmo que palavras quase não saibam dizer que amar não basta...

...só quase, quase nos aproximam de deuses.

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Incógnito nesse quase amor tento mostrar-me e escondo-me, cedo-me sem dar o braço a torcer e fico incrédulo de deuses ainda que dentro um encantamento incompreensível; acho que acredito em você, não nos deuses. Sim, parece, acho que acredito nos seus possíveis disfarces, nos possíveis limites do seu íntimo e na quase esperança de um quase dia...

... não sei, ainda é tudo muito quase ainda.

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Ainda quase muito tudo é ainda... abstrato e ingénuo, fantasia e crença. Fértil de palavras só dimensionadas por frágeis sentidos... e só sensações que nos fecham círculos de virtual vislumbre.

Amar é aprendizagem, nunca escola feita. Saber-se é construção própria que se faz ruindo, que se faz caindo, que se faz pedindo... ajuda a quem passa pedindo ajuda.

Nunca ninguém sabe se as telhas que o cobrem são afinal... o céu que o descobre. E toda a gente sabe que o mar que liga é, tantas vezes, o amar que nos desliga...