ME SINTO ASSIM
Meu pranto são a fina chuva do entardecer.
Minha voz se torna a ventania a balançar as
folhas das árvores.
Então sou a natureza contrariada, com sua
fúria.
Um coração em chamas, consumindo cada
suspirar.
Um redemoinho de sentimentos a devastar.
Uma noite sem luar, sombra perdida na
escuridão.
Inespresiva expressão.
Alma a bailar num espaco perdido, vagando
sem direção.
Um corpo inerte na dor, entregue a vida.
Vida que conduz, condena, sufoca.
E já não ha palavras ternues, tudo é
devastado pela agonia.
Agonia que faz me delirar, chamando teu
nome.
Ecoando pelo infinito, voz senteciada a
solidão.
CAMOMILLA HASSAN