E o egoísmo prevalece
EMPATIA tem sido um adjetivo aparentemente por muitos desconhecido ou simplesmente ignorado, cada vez mais raros.
Segundo o Dicionário Aurélio, empatia é a tendência para sentir o que sentiria, se estivesse em situação vivida por outra pessoa. A partir desta definição podemos refletir quantas vezes praticamos a empatia em nossas relações? O ser humano normalmente tem a tendência em buscar situações que atendem em primeiro lugar seus próprios anseios e necessidades. O diferencial está em se colocar na posição do outro e buscar entender suas expectativas.
Mas por quê essa tarefa de "colocar-mos na posição do outro" torna-se tão difícil?
Embora saibamos que é impossível viver sem nos relacionarmos com outras pessoas, agimos, não raramente, de maneira egoísta, pensando apenas em nossos interesses particulares.
Poderíamos aqui, na ância de responder a tal questionamento, apontarmos vários fatores que nos tornam insensíveis aos problemas alheios, dentre eles: a competitividade do mundo globalizado, a velocidade com que as informações nos são apresentadas e tantos outros motivos. Porém, o que percebe-se (e é isso que tem me intrigado), é como os valores vem sendo a cada dia corrompidos, dando lugar ao egoísmo.
Penso que o que falta, em muitos casos, é a humildade, aquele simples ato de "descer do pedestal" ou "calçar os sapatos" de outros, antes de julgamentos e críticas destrutivas.
É... mas como é difícil a arte de (con)viver, não é?
Como é complicado sairmos de cima de nossa "calda" e ver como ela é defeituosa, me perdoem o uso da metáfora infâme, porém, foi o exemplo mais adequado que encontrei para definir a nossa falta de empatia.
Com isso, fica claro que é menos trabalhoso e muito mais cômodo, acomodar as nossas sujeiras pra debaixo do tapete e delas esquecermos e olharmos para a sujeira do vizinho, seus defeitos e imperfeições.
O que será de nós, seres mortais e cheios de falhas? E pior, nos achando os "seres perfeitos".