- Estranho de se ler...
São exatamente 00h, eu não sei muito bem como começar a escrever esse, essa {isso que sonhei}. Então vou direto ao causo em si:
Um eu mais velho, uns quinze anos a mais eu diria; caminhava comum, dia comum (para ele claro), não sei donde eu assistia, mas eu apenas o fazia.
O homem que eu havia me tornado era mais robusto, com uma barba bem feita e visivelmente mais careca do que estou hoje.
Ele atravessara um rua ou avenida não sei ao certo, o sinal estava fechado e não havia nenhum carro esperando a abertura d’ele, então o meu eu mais velho se antecipou a atravessar e a semelhança que havia entre nós era de embasbacar qualquer um, a forma com que ele olhava para o nada e o todo resto que nos mantinha em um padrão que só os meus eus possuíam me deixou preso aquela cena; Foi quando um som, alto e quebrante despertou-me do meu descarregar de lembranças; Um carro, de onde não sei havia atropelado o outro eu, e este estava no chão jorrando sangue pela boca, com todo o corpo contorcido; e pude ver e sentir a dor em meus ossos revi a cena em minha mente; eu podia sentir e ver o que ele via agora. Mas onde eu estava? De onde eu via? Nunca soube.
Ele ou eu não sei urrávamos de dor, uma dor latente que cortava todo o corpo e nunca cessava. Como antes não havia ninguém naquela cena a não ser eu {ou ele}.
Um homem se aproximou; não sei de onde ele surgira mais ali estava ele; eu tentava achar a explicação para aquilo tudo mais... Mas não era possível.
O homem vestia um terno preto impecável aproximou-se do eu que estava no chão e disse em meu ouvido:
- Bem diferente não? Mas não pretendo perde-lo dessa forma; e avise a ele que aqui não é seu lugar, não ainda.
Ele olhou em minha direção, e eu ainda não sabia minha localização ao certo; se estava na rua, em um apartamento, nunca soube. Ao olhar-me de onde não sei, liberou um sádico sorriso; apertou as mãos junto o peito do outro eu que estava no chão e a dor que despertou foi mil vezes pior, pude sentir o gosto de sangue dessa vez e os gritos tornaram-se apenas sussurros de dor.
O homem se levantou e nesse exato momento o lugar estava abarrotado de pessoas, espectadores para a cena de “caos e terror” que havia ali, duas ambulâncias chegarão e o homem de preto sumiu.
O sonho acabou no exato momento em que fui retirado do chão, acordei completamente suado e por alguns minutos não senti nada a não ser dormência.
Não pretendia contar esse sonho tão sem ação. Não até agora! Como de costume aproveito as noites com alguns amigos por “Vila de Cava”, normal até.
- Mas o impossível aconteceu, ao adentrar a igreja para falar com um amigo deparei-me com algo impossível de se explicar... O homem de terno preto estava sentando na fileira do banco ao lado; neste momento as palavras que ele dissera no sonho novamente soaram em minhas lembranças “e avise a ele que aqui não é seu lugar, não ainda.”
Não sei explicar, só achei que seria melhor minutar para esquecer...
Complicado de entender, estranho de se ler e impossível de ser explicado.