Aquele natural temor

Por vezes, somos levados pelos ventos da vida a horizontes distantes daqueles conhecidos e pelos quais vivemos por tanto tempo.

Esses são para nós um tanto quanto estranhos e, não raras vezes tememos os caminhos que eles podem nos levar a percorrer.

O nosso coração é programado e acostumado à segurança dos lugares costumeiros, das experiências conhecidas, portanto, sempre que a realidade se apresenta de uma forma nova, nosso primeiro instinto é parar, analisar e temer. Tememos o novo porque não nos oferece segurança, não nos dá certezas, nos impulsiona a arriscar, a ousar quando tudo o que fazemos, dia após dia, é tentar nos resguardar de riscos. Um novo passo nessas circunstâncias é, portanto, paradoxal: precisamos decidir, conquanto estamos em um ponto entre vários caminhos, só é possível caminhar se ousarmos alguma escolha, e isso nos expõe. Como prosseguir neste insólito momento?

A verdade é que, na vida, não existem normas preestabelecidas, não dá pra ter tudo no roteiro e um momento assim sempre se apresentará. O bom é poder ter o arbítrio para escolher e conhecer caminhos outrora desconhecidos, vias instigantes que sempre nos levarão a algo de bom, no fim das contas. É essa capacidade de decisão manifestada dia a dia, que torna a vida algo de mais e maior e elabora a substância e essência do viver.

http://agnytaynaa.blogspot.com

AgnyTM
Enviado por AgnyTM em 16/05/2011
Reeditado em 17/05/2011
Código do texto: T2972870
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.