macacos de terno
somos um mar de vaidade e de egoísmo.
e atendemos aos apelos mais obscenos e fúteis de nossas mentes.
somos macacos de terno implorando pela aprovação dos outros.
falem mal ou falem bem de mim, mas falem de mim, me use, me enchergue, me mostrem que não sou apenas um grão entre outros milhoes de graos de uma poeira desgraçada surjida de um acaso sem razão.
somos macacos de terno, de cabeças baixas, tropeçando e brincado com um pedaço de chão sob nossos pés, enquanto tantos outros, da mesma forma o fazem.
e somos então um grupo, um grupo de individuos.
cada um com sua forma de questionar o mesmo ponto de interrogação.
somos macacos de terno. é isso que nos somos.