PRESENÇA NO PORVIR (OTIT 2)
Corre menino se não a "brabeza" vai te pegar,
Corre pelos campos verdes,
Embrenha nas matas fechadas e espinhosas;
Aquele boi sem dono está chegando furioso
afim de espetar alguém com seus chifres pontiagudos,
Como se nós tivéssemos culpa de sua sina natural.
Corre e trepa na árvore tortuosa,
Esconde lá nas grimpas, é a maneira de escapulir
da força bruta que está atrás de nós.
Ele nem quer saber, entramos em seu território,
Aqui é ele quem manda, com seu coro negro
difundindo a sua raça, plantando neste sertão de DEus
o sentido da palavra liberdade, fartura e certeza
de sua presença no porvir.
Corre menino, venha ver, ele passou,
É um raio apeando célere do seu destino.
Talvez não vejamos mais algo tão lindo,
Veja lá onde o arco-íres enterra o tesouro,
e o boi sumiu, o nosso sonho acabou,
Nunca mais estaremos tão próximo da realidade...
Goiânia, 11 de MAIO de 2011.