PRESENÇA NO PORVIR (OTIT 2)

Corre menino se não a "brabeza" vai te pegar,

Corre pelos campos verdes,

Embrenha nas matas fechadas e espinhosas;

Aquele boi sem dono está chegando furioso

afim de espetar alguém com seus chifres pontiagudos,

Como se nós tivéssemos culpa de sua sina natural.

Corre e trepa na árvore tortuosa,

Esconde lá nas grimpas, é a maneira de escapulir

da força bruta que está atrás de nós.

Ele nem quer saber, entramos em seu território,

Aqui é ele quem manda, com seu coro negro

difundindo a sua raça, plantando neste sertão de DEus

o sentido da palavra liberdade, fartura e certeza

de sua presença no porvir.

Corre menino, venha ver, ele passou,

É um raio apeando célere do seu destino.

Talvez não vejamos mais algo tão lindo,

Veja lá onde o arco-íres enterra o tesouro,

e o boi sumiu, o nosso sonho acabou,

Nunca mais estaremos tão próximo da realidade...

Goiânia, 11 de MAIO de 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 14/05/2011
Código do texto: T2968939
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