COLOCANDO UMA ROUPA

Toda vez que vou vestir uma roupa em ritimo de sorteio, lembro da novidade em colocar uma capa, de me transformar em alguém, de ser um super-herói, ou quem sabe simplismente eu mesmo numa versão viciante de coletividade pensativa. Pudor? Nem nasceu essa palavra em mim. Antes eu sabia, antes eu falava, antes eu era, antes eu fui, antes eu apenas chorava e sorria.

Como poderia acreditar em evolução se por vezes, deixamos de amar, ou odiamos o dia e a noite, se mentimos para nossas emoções.

É degradante ver a integridade sendo assassinada pelo que defendemos sem noção. Mas eu sou positivista, não desisto fácil, e acredito numa mudança, por isso eu me transformo, digo que estou triste em cada expressão, tudo em prol da santidade do amor.

Se é que existe santidades, elas já são de fato o amor, amor que não mede gilhões, que não tem vontades, que se dá sempre a mão quando se precisa. Assim se fazem as mães e as mulheres que perdidas tentam multiplicr o "Amor".

As causas são inúmeras, e não se pode abandonar o amor, mesmo que para isso tenha de assistir seus corpos voando em meio aos destroços, mesmo que não se reze pela inquietude desesperada, mesmo que interrompa a sensação de bem estar, não se abandona o amor, mesmo que seu sangue sõe na ignorância desaforada, mesmo que os mesmos demorem a chegar, não se abandona o amor.

Vejo todas as guerras acontecendo, e me imagino sem eles, os "seres humanos". Estar sem guerras, significa hoje estar sem humanidade. Pois veja, qualquer despautério, significará que não sou nada sem o outro. É bom que a humanidade exista, para que dialogue consigo e comigo, sem solidão, sem dor, apenas eu e você, conectados um no outro, com o consentimento da multiplicidade. Abrindo vales, transformando distâncias, se querendo, e se querendo.

Não se pode existir Deus, sem que haja uma missão. E a missão é válida, ou nos amamos, ou terminamos o amanhã.

A humanidade é a posteridade em si mesmo.