Exinsistência
Imagine que todas as criaturas vivessem da existência plástica e, enquanto caminhassem pela Terra, procurassem por sua quintessência.
Imagine que todas as canções fossem apagadas, e que nós teríamos que reescrever-las e inventar mais algumas. Nós conseguiríamos?
Imagine que você está nadando num mar muito profundo e que, a hora que você parar, a água irá te engolir, e você será esquecido, no fundo deste mar. Como você viverá,então? Estará vivo na memória daqueles que te conhecem, mas logo estes morrerão e, conforme o tempo, você será um falso mito, vivo naqueles que ouviram histórias de lembranças sobre você. Certamente já estará distorcido.
Imagine você correndo na parede, feito largatixa. Será que te reconhecerão porque você está fazendo isso? Você é quem é por fazer isto, ou só foi notado naquele momento, por correr na parede? Quem é você?
Agora imagine que tudo isto está acontecendo, ao mesmo tempo. Onde você está agora? Está em meu mundo ou no seu?
No nosso, creio eu...
E quem mais está aqui? Interessa?
Essa pergunta pode lhe desconfortar:
Quem te ama? O que é a porra do amor?
E, de repente, você vai se assutar, e ter tantas explicações que, no fim, você não saberá o que é...
Mas só imagine isso, e continue sonhando sua vida, com um inconsciente medo da morte
(quando você não souber mais aonde você está e estiver falando sozinho, converse comigo)