HOJE!

Hoje, no meio de toda essa gente

Gentilmente me cedi ao vento

Fui observando essas gotas de vida

Tão diferentes e tão parecidas

A maioria das pessoas nem reconhece nada ao seu redor

A infinitude de probabilidades

Sonhos perambulando nas mentes tão dispersas

Toda essa magnitude gerada pela imensidão

Uma música estranha ao fundo

E isso dá um toque nostálgico na cena comum

Vidas que se entrelaçam no cotidiano

De adeus em adeus, tornaram-se o que são

Nada que eu diga pode ser maior do que a realidade

E eu sinto que nos perdemos muito cedo

Parece muito tarde pra gritar

Estamos submersos nessas “graças abundantes” que saltam do medo

Eles parecem não se importar

Quem vai se importar por eles?

Eles apenas vivem, e alguns de sonhos rarefeitos

Algumas almas sem desejo, sem busca

Eu me importo por eles

Eu choro pelo meu tempo

A geração que me é contemporânea

Os filhos dos mesmos séculos

Sempre vai restar algo

E, no meu caso, é o coração

Ainda pulsa uma vida incessante

Mas diariamente morre e renasce

Se eles soubessem o que estão perdendo

Se deixando levar por uma vida superficial

Estariam dispostos a recusar a mentira

E sorrir de verdade, mesmo em meio à dor

Tomverter
Enviado por Tomverter em 12/05/2011
Código do texto: T2965620
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