Eu; Montesquieu; Um mulçumano; As mulheres; E a poesia
Certo tempo atrás, me deparei aporrinhado com as teorias de Montesquieu. Cito o inconformismo com o regime, e suas caricias poéticas com a cultura mulçumana, sobretudo no universo das multiplas esposas que o tinha.
Antes de ilustrar o assunto, darei uma rápida pincelada na teoria poética mulçumana, imaginada por esse imenso escritor. A obra "Cartas Persas / Montesquieu", trata de uma troca de cartas entre pessoas imaginadas pelo então Montesquieu no séc. XVIII. Nela o autor narra experiências entre "Rica e Usbeck" , que morando em paris em 1721, e originados da cultura Árabe, abre uma questão de criticidade ao regime absolutista católico, sobretudo em seus costumes, suas instituições políticas, dentre outros. Todo esse circo, ambientalizado com a graciosidade poética de Usbek, que refugiado sobre sua necessidade de migrar para um mundo estranho, troca saudades e carinhos com seus amigos, seus empregados gaurdiões (os eunucos), e suas várias esposas.
Pois bem, voltando à questão inicial, Eu, Montesquieu, Um mulçumano, E as mulheres; Após esta pausa, sobressalto novamente as aporrinhações que me preocupava.
Estava eu em meus dispautérios, quando me sucedeu a perplexa teoria. A poesia tende ao fascínio do delírio, onde delirar pode fazer uma torcida inteira delirar. De posse desse poder, o mundo separa os sexos, do contrário teríamos um planeta de mulheres homens. Ou quem sabe teremos.
Nunca na história das ilusões, se conquistou uma mulher sem poesia. Mesmo nos mínimos movimentos com os olhos, no toque da pele, na vibração do rosto, a tremedeira do corpo, os suspiros da alma, a lambida sem fim, não importa como seja, o momento sempre foi poético, fato que me deixa muito confuso, e com uma imensa dúvida. Se alguém se apossa da poesia e consegue conhecer estes caminhos, o que se torna? Quem será este que desafia me dizer sobre a beleza senão o belo, e se este o for, como nós poderemos fugir das tuas belezas "Ohh Poesia!!".
Assim como dói não ver o belo, é assustador vê-lo e não poder compartilhar.