SINTO FRIO
A lareira já não me aquece
O café nem me apetece
Gotinhas de água escorrendo pela vidraça
Efeitos dos contrastes térmicos.
O zumbido do vento se escuta forte
Passou pelo vãozinho da porta
Entrou aqui, na minha habitação
Riu de mim e me falou:
“Hoje eu te faço companhia”
Nem adianta meus lamentos
Tenho que me contentar com um chá de rosa mosqueta
Quisera que fosse um mate, com o rugido do rei da selva
Saudade desse sabor de minha terra tropical
Aqui o vento gelado anda correndo na frente do calendário
Alguém poderia avisá-lo que o inverno ainda não chegou?
Sinto frio.