Explicando o inexplicável
É estranho como se pode criar o amor,
antes devir, chamamos ele, inevitável como uma onda,
destruidor como um terremoto, simplório como os ventos e complexo como uma erupção.
É um nada sem ele, vazio, escuro, um zero, uma treva,
surgiu, a luz, o sol se resplande.
Comummente medido, de fato imensurável, metade, meio, um terço, 20%, nenhuma medida cabe a ele,
não é inteligível, é aceitável.
Não é discorrido em palavras como estas, é emergido do consciente irreal.
É intríseco a cada ser, é maleável a cada pessoa e perpétuo a cada alma.
Um momento o engrandece, um simples descontento o deixa estremecido,
simples em si, arame farpado aos novatos, dilacera a pele e cicatriza fendas.