O culto (na medida da cultura real) torna-se arredio ao simples, tendo no canto inferior dos lábios o ar de desprezo, perdendo assim a oportunidade de aumentar ainda mais sua vasta cultura. O simples (na medida de idiotice real) tem nos lábios aquele ar tacanho de Zé Preá que ri antes do término da piada mais idiota não permitindo assim o acúmulo de alguma inteligência ou o desenvolvimento da mesma; sendo ainda, tal tipo, muito apreciado na sociedade ecumênica-neoliberal de nossa atualidade globalizada. Já o sábio possui aquele ar de desprezo dosado com o riso descontraído onde permite-se no intervalo entre a carranca e o sorriso o aumento da musculatura facial que trás aquele ar calmo num misto de seriedade, enrugando-se mais a frente no passar dos anos numa aparência serena.