Esconde esconde
Não nego nem afirmo nada. Agora, a dúvida do mundo me abriga. Não quero desatar o nó que não apertei, tampouco enlaçar confiante qualquer posição. Eu continuo, você passa, eu tangente, você sem graça. Bebe água, muda o canal, coça a cabeça, tudo tão igual... A um desastroso desencontro, infame e faminto que faz tremer minha alma. Negar ou afirmar não vai mudar nada, quem vai revelar a minha verdade? Quem vai negá-la? A dúvida, de certa forma, deixa um pouco de esperança, a esperança de ser ou não verdade.