Existência

Descartes, na sua filosofia, partiu do princípio que

"Eu penso, logo existo."

Cético como ele era, antes de sondar o resto, ele queria, na verdade, provar sua própria existência.

Como ele provou que o resto existia já que

A pedra não pensa, mas ela existe?

Se ele argumentar dizendo que a pedra existe porque ele a vê, ele a sente com as mãos, ele a cheira, ele a ouve quando cai ao solo, etc, ora! Ele não poderia fazer a mesma coisa com o próprio corpo?

O que quero dizer é que, para prova a pessoal da existência de tudo, a premissa "Eu penso, logo existo" é falsa no sentido da existência da pedra.

Descartes, no meu entender, estava se referindo apenas a própria existência.

TUDO O QUE PENSA EXISTE, MAS NEM TUDO QUE EXISTE PENSA.

Aliás, o que é "PENSAR"? Este verbo pressupõe um sujeito da mesma forma que pular, dançar, escrever, etc. Portanto, Descartes bem poderia dizer:

EU ESCREVO, LOGO EXISTO.

É lógico! Já imaginou alguma coisa que não exista escrever???

Teixeira de Fortal
Enviado por Teixeira de Fortal em 01/05/2011
Reeditado em 01/05/2011
Código do texto: T2943064