Além das estrelas
O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
A vida tem tantas faces, tantas idas e vindas, mas se estivermos juntos todos os obstáculos serão como o açude que você atravessava a nado.
O importante de cada desafio é que eu creio que a vida vai além das estrelas quando estamos juntos em nome do Amor maior, aquele que fez todo o universo e nos deu de presente, a vida.
Quem nunca se perguntou: Quem sou eu no mundo? De onde eu vim? Para onde eu vou? Quem nunca quis ver a face de Deus? Quem nunca chorou em seu quarto escuro buscando respostas que a razão desconhece? Quem, sendo humano, nunca sentiu a dor de uma saudade?
Essas indagações não deixam nenhum de nós perplexo, entretanto, deixaria se alguém tivesse as respostas dos porquês da existência. Elas são o lugar-comum na história de cada um de nós.
E falando em ser humano e sociedade. Ainda por vezes percebo que continuamos com a velha mania de viver apostando corrida...
Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida.
São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingidas, tão ridículas, por caminhos tão escondidos, que muitas vezes, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! Mas quem ganhou?".
É bobice disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Na verdade o que tenho aprendido é a importância do sentir. A dor do outro, a minha dor, a alegria do outro e também a minha, e por que não compartilhar estes sentimentos e vivências?
No decorrer da minha vida tenho aprendido que dentro de nós, um instante pode se converter em horas, dias, meses, anos, estações, e podem se tornar eternos, se colocarmos limites em nossos egoísmos e construirmos pontes dentro de nós que nos levem além.
Parte da vida já passou, mas estamos aqui e podemos sonhar, podemos ter fé, podemos construir uma vida melhor, se crermos.
Não preciso olhar além da minha aldeia, do campo de futebol, ver além do açude, dos morros longínquos nos quais a terra e o céu se limitam diante dos humanos olhos,
Para sermos felizes, basta olharmos para a pessoa que esta ao nosso lado, enxergarmos o seu olhar, o seu coração, lá existe uma linha imaginária além do horizonte, que liga um coração a outro e faz a ponte entre a humanidade e Deus e nos prova que nossa vida pode ir além das estrelas.
Recital poético adaptado dos textos de Cristiana Alves e Paulo Mendes Campos.