O EXPIRAR DA ALMA
As cidades estão sufocando os sonhos.
Nas esquinas o medo se esconde nos olhos ora pequenos ora esquálidos. Sou um pobre peregrino que cansado estou desta terra.
Meus dias andam velozes e as noites não tão depressa.
Vontade de fazer das minhas memórias cinzas.
Varrer das ruas a hipocrisia.
Ou de quem sabe voltar ao passado... Procurar respostas as indagações. Ando afadigado de carências veladas, consciências mudas, dos amargos da vida e dos corações inconstantes.
Como me colocar digno.
Como escolher diante d’Ele as minhas palavras.
Como murmurar uma prece.
Meus dias envelheceram meus ossos.
E antes que a lagrima seque um ultimo pensamento me vem.
Aonde andará a melhor expressão do meu ser?
Como me sinto?
Como uma tempestade...
Como um vento...
Talvez num outro momento uma brisa leve.
Começar a desejar vento nas minhas asas.
Ou simplesmente desejar asas...