Clichê.
Hoje, eu vim, e vim para falar de amor, e do seu doce breve sabor.
Transbordo-o, de uma vez, sem pedaços
Vem vida, e me tira do abismo, me rouba o medo.
Sem sorrisos amarelos eu mostro o quanto posso, o quanto tenho, o quanto é nosso.
É tão vivo, e transpassa os agouros ruins, e a prepotência adquirida pela loucura da saudade.
Meus passos pelas ruas, as vezes perdidos em seus sorrisos, ou com os ouvidos apurados avaliando as próprias batidas aceleradas do coração afoito, ao menos peço que se cale, porque por vezes já o vi rasgando o peito e correndo o mais rápido que pode de mim, com vida própria indo até onde deve ir e além.
Porque quando você sorri, dentro de mim, nasce um céu com mil e uma estrelas, e quando me olha, e ainda mais quando deseja, os planetas giram todos mais devagar. Mas quando o beijo em lembranças vividas me toma, o universo todo parece muito pouco perto de nós.
Humildemente, ei de dar-te os melhores pedaços da minha vida, te darei constelações , e um arco-íris no meio do céu azul.
Pois é tudo que merece, depois dessa longa chuva que chamo de saudade.