ASSIM ME SINTO
Conduzida ao sacrificio de dias silenciosos. Levada pelos sonhos adiados. Emudecida diante de escolhas equivocadas. Um coracao avido de amor, um amor ausente. Olhos expressivos de afetuosidade, bracos abertos ao infinito. Um tempo de caminhos desconhecidos, de lugares percorridos e de encontro ao incerto. Vozes perdidas na imensidao das palavras, linhas tracadas de solidao. Um pedido de ajuda entre versos, relato do pranto que sufoca gritos de dor. Labios secos, beijos negados. A espera de dias que tragam brisa a acarinha, um gosto de fel a definhar os desejos. Perdida no irreal, liberdade de expressar se. O sono que afugenta se, deixando a entregue aos pensamentos. Dias que passam, alma solitaria, presa a dor de compreender. Existencia a acoitar a esperanca, a punir os desejos. E se tudo parece ruir, resta te o desabafo entre palavras. Resta decifrar as incogtas do destino, aceitar seus caprichos. Exaustao assim adormece libertando se da prisao de flores, rumo as ilusoes. Num tempo sem espaco, onde tudo se e possivel.
CAMOMILLA