As palavras...
Ofertam ao mundo, palavras...
Que dizem das falhas... Do cansaço...Do vasto verborrágico sentido.
Gosto quando as palavras não giram no próprio umbigo.
Estavam brigando... Eu só lamento. O casal, em plena esquina... parecia filme... Mas, era vida.
Acordo entre livros...Entre os braços e pernas... Entre os travesseiros que me abraçam...
Virei o dia...Cansaço.
E tenho de colher as palavras de quem se agride... Dos perdidos e solitários dizeres?... Sim, eu tenho.
Estamos ligados pelo Eco... Pelo que desviamos e batemos de frente... Pela responsabilidade de viver.
Pode-se fragmentar as imagens e perpetuar a cena?...
Os milhares aplausos de quem se idolatra... De quem precisa da opinião alheia... Pejorativo enlace... Pobre solidão das calsadas.
As palavras são lâminas... Cortam, em músculos de ferro, as gargantas da inocência... Crianças em latas de sardinha... Sem versos... Sem histórias de fadas... Entregam-se à morte das salivas.
Eu olhei, na cidade cinza, as voltas que muitos dão para agregarem-se aos ditos...Gritos.
As marias, essas que são apenas minhas, servem de palco e asfalto para as palavras que me conduzem...
Tantos riscos... O sinal está fechado... A neblina está na vidraça... Afastar-se do problema e perceber que a distância do foco alerta os sentidos... Aprender que o desespero não leva a nada...
Mergulho nas diretrizes de agora... Sou a página virada na história... Um uni-verso, cuja intersubtividade não tem valia... Façanhas em rodamoinhos... Respiro as palavras.
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