"214 Milhas E 8 Anos De Distancia, De Casa."

"Eu corria como um doido, as seis da manhã,indo para a catequese

A feira estava sempre lá aos sabados,na velha rua do clube de bocha

A escola com seu longo e alto muro,onde escrevi aquelas palavras Jurando retornar algum dia,pra encher os que amo de orgulho

Os amigos,as garotas,a primeira garota que beijei...

Esta tudo lá,ainda vive em seu lugar,amo ruas como pessoas

Agora sou um estranho em meu lar,a praia onde costumava ir, toda vez que queria sentir meu coração,sinto falta do refugio

O grande castelo em azul-preto-branco,onde derramei tantas lagrimas,felizes e tristes,embora decepcionado por não terem me deixado fazer parte,sem chance de pelo menos tentar, lutar pra pertencer

Mas essa mágoa acabou-se a muito tempo,sempre amarei o som daquele lugar,ainda me arrepia

As promessas dos garotos da rua Costa,na noite em que Lizandro não voltou pra casa,nós juramos cuidar uns dos outros,pra sempre não importa o quanto a distancia entre nós aumentasse,as vezes quando menos espero,o telefone toca, e alguem me lembra dessas palavras

Pra me dizer que não estou sozinho,e que sou parte de algo

É como William disse,na noite anterior de eu partir:

"Voce entende que mora no meu coração"?

Ainda farei valer,minhas palavras,ainda vivas na alma daquele muro:

"Eu tenho que ir,mas volto pra te buscar,minha querida "Vila-Nova"."

Lee Doberman Robson
Enviado por Lee Doberman Robson em 25/04/2011
Código do texto: T2930030