Espaço.
Entre degraus da subida solidão
Fica sempre um espaço... um vácuo
Onde falta mão.
Mas seria a mão que deveria ser estendida
Ou os próprios pés não repetidos?
Será que entenderíamos a força dos passos
Necessário espaço.
O que vem pela frente
Se tivéssemos sempre
Alguém puxando o que nos cabe tão somente?
Como atingir as alturas
Sem essa mistura
Necessária distancia
Que aos poucos nos alcança?
O chão por vezes
Parece-nos tão cruel
Mas quem pode dizer que não estamos
Indo pro céu.
Olho o que ainda não veio
Espalho... semeio
Vejo nitidamente
A força da semente
Que mesmo entre os meios
Cresceu ...floresceu
Entendendo o que será sempre
Meu.
O passo...o traço...o abraço
O calor ...o AMOR
A vida
E o que dela pode ser entendida.