o tempo.

e o mais estranho agora é te olhar e ver que algo mudou. mas não saber o quê.

acho que é o tempo que a gente passa sem se olhar olho no olho que causa essa impressão.

era como se tivessem roubado as pétalas das rosas e deixado-a somente com os espinhos.

não que você me pareceu frio ou amargo, mas pareceu ta faltando muita coisa. sua, minha, coisas que se perdem pelo tempo que a gente perde por não ter coragem de encarar.

e nessas de não ter coragem vão dissolvendo-se muitas coisas que a gente acaba esquecendo o quão importantes são.

e a gente cisma em cometer os mesmo erros.

em tropeçar nas mesmas pedras.

em fazer feridas que ja doeram antes, doer mais uma vez.

só pra dizer que é forte. só pra fazer uma de que eu consigo.

e talvez, a gente até consiga mesmo.

mas faz tanto sangue escorrer.. faz tanta coisa virar pó nas asas do tempo. coisas que deveriam ser proibidas de virarem pó, por serem tão bonitas.

e a gente permanece sem falar, sem sentir, sem se ver como se esse fosse o santo remédio.

e quem vai saber que remédio se toma nessas horas?

se todo mundo soubesse, ninguém sofria. e a vida nem teria tanta graça assim. sem umas dorezinhas latentes vez ou outra.

Alessandra Vieira
Enviado por Alessandra Vieira em 24/04/2011
Reeditado em 26/04/2011
Código do texto: T2927017