Biruta da Ladeira
Tinha uma biruta
Dona do canto e do choro
Falava também do couro
Véio da bolsa suja
E ainda da sujeira
Que tinha na ladeira
Logo abaixo da paróquia
Onde o padre bolinava
A menininha sem idade
Tinha uma biruta
Que fumava charuto de couve
Para se alucinar.
Tinha uma biruta
Que o vento não controlava
Porque controlava o vento
E todo o sentimento
Que por ventura sonhava;
Aquela biruta
Todo mundo trucidava
Mas era a biruta
Que melhor pensava.