Insônia
De chinelos ao pé da cama,
sem sono e sem remorso,
com planos e sem descanso,
em malfadados lençóis me aperto no escuro; ajoelhado.
Coberto à tempo...
Soberba insônia a quem pertenço,
desprendida da presença e do livramento.
Silencioso e solitário;
uma água parada, encalhada em uma forma uniforme.
E no peito a dor que nunca dorme.