Insônia

De chinelos ao pé da cama,

sem sono e sem remorso,

com planos e sem descanso,

em malfadados lençóis me aperto no escuro; ajoelhado.

Coberto à tempo...

Soberba insônia a quem pertenço,

desprendida da presença e do livramento.

Silencioso e solitário;

uma água parada, encalhada em uma forma uniforme.

E no peito a dor que nunca dorme.

wilsom mel
Enviado por wilsom mel em 21/04/2011
Código do texto: T2921666
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