Grito calado.
Estão ecoando em minha cabeça
Os acordes de uma música
Nunca escutada
Mas muito conhecida
Está passando em minha mente
Aquele filme bonito
No qual todos que assistem acabam chorando
E reclamando no final
Caminhando pelo meu rosto
Está a marca tristonha
De uma lágrima solitária
Humilde em sua existência, exuberante em seu padecer
E dentro de mim, nessa caixa que chamo de peito, batendo a mão com orgulho
Há um coração que ritma o grito de pavor
Mas não contém os olhos marejados de pranto
Que se derramam a todo instante, sabendo ou não o porque
E de noite se fecham anseando a esperança
Carregando a incerteza da vida
Tecendo o véu que nos cobre o amanhã