Querid@ Amig@,


O vazio transborda ausência...
A poesia de Pablo Neruda....


"Se morro sobrevive-me com tanta força pura
que despertes a fúria do pálido e do frio,
de Sul a Sul levanta teus olhos indeléveis,
de sol a sol que soe tua boca de guitarra.

Não quero que vacilem  teu riso nem  teus passos,
não quero que pereça minha herança de alegria,
não chames a meu peito, estou ausente.
Vive em minha ausência como numa casa.

É uma casa tão grande a ausência
que passarás nela através dos muros
e penderá os quadros no ar.

É uma casa tão transparente a ausência
que eu sem vida te verei viver
e se sofres, meu amor, morrerei outra vez."



(Pablo Neruda, "Cem Sonetos de Amor", Soneto XCIV)




Angela...:)