O "EU" Não Existe
Onde está o "eu" a que todos nós utilizamos para nos referir a nós mesmos? Onde habita este "eu" que "supervisiona" e "dirige" o nosso ser em sua totalidade?
A resposta a estas perguntas são simples: o "eu" não está em lugar nenhum, o "eu" não existe.
Se procurarmos em nosso corpo um centro biológico e anatômico onde resida o "eu" a que intensamente nos chamamos não encontraremos; não há um lugar definido para o "eu", e é muito provável que não habite ninguém com o nome de "eu" no nosso ser.
O "eu" é uma criação psicológica do nosso interior. Essa sensação que temos de que realmente existe um agente chamado "eu" coordenando a nossa vida só ocorre devido a uma série de reações químicas e a uma complicada (e até agora não totalmente decifrável pelos neurocientistas) interação entre os nossos centros cerebrais, além de uma acentuada atuação do nosso sistema nervoso. Porém, até isso que estou afirmando não é uma verdade "absoluta", mas é uma hipotese que presupõe que é a participação das reações bioqúimicas, dos nossos centros cerebrais e do nosso sistema nervoso nesse processo que gera em nós o sentimento de que realmente o "eu" é real.
Imagine-se a beira de uma estrada observando o movimento, o trânsito... De repente avistas um veículo passando, seguindo o seu curso, porém observas - e te impressionas- que não há nenhum condutor, que o veículo anda sem um motorista. Embora vejas o veículo a se mover, não consegues ver quem o dirige...Assim somos nós sabendo que não há absolutamente um "eu" a que nos dirige, assim somos nós nas estradas da existência.
PROFANO