Madrugadas frias, longas e sombrias
Assim são minhas madrugadas
Frias
Longas
E sombrias
A escuridão não me ilumina
Pois minha companhia
É essa tela fria
Que não fala nada de harmonia
Calada e totalmente sem sintonia
Escrevo palavras que sei
Não animar ninguém
Mas quem as ler vai entender
Que estou só e sem meu bem
Que a madrugada é longa e delirante
Escrevo tudo sobre esse horizonte
Onde me sinto ofegante
Diante da solidão e da escuridão
Dos olhos que quase sem visão
Interpretam a dor do coração
Por não ter nas mãos um grande amor
Que me deixou na contra mão
Em um mundo sem corações
E sem se quer inspirações
(Armando)