SEM HORAS...
No tempo que o tempo nos roubava
Os jardins emitiam um som de sirene
Um silvo agudo
Que confundiam o cantar das flores
Com o assobio do vento
O teu peito arfava
Ansioso
Ao ritmo de cada segundo
As tuas mãos
Barómetro do estado emergente
Tremiam levemente
O teu corpo
Inquieto
Balançava no vão da escada
Querias descer
Mas as pernas não obedeciam
O teu relógio do tempo implorava amor
Os teus sentidos reclamavam urgência
Lábios ressequidos de sede
Coração rotulado de fome
Aprenderás a equilibrar o tempo
Porque…
Não há horas para amar.