Sacrificio
A discórdia miseravel, irredutivéis, tal como somos.
As folhas de papel ainda sangram, com um único nome escrito várias vezes.
Nossas frases tão imcompletas, e o sacrificio desnecessário.
Cicatrizes na superficie da pele, tão sem culpas, nem porquês.
Retumba o eco da insatisfação completa, por ser forçada a acatar uma decisão não minha.
Por obrigar-me assim, submeto-me, sem debandar dos meus loucos sentimentos nobres.
Os anjos também são culpados.
Os anjos também se culpam, divinos nas contradições do mundo.
Dia quente, e mesmo com sol , o céu ainda tem a cor cinza, e as fotos o tom de sépia do passado, não distante, não sem brilho.
Atrapalho passos que não me pertencem
Planto sementes que não são minhas.
e o único esforço que elas fazem é crescerem.
Quem salvará tal vida entregue agora?
Afogo-me sem pedir ajuda.
Proposital o suicidio, em lagrimas doces que as melodias funebres não encobrem.
Entre o soluço que penetra as noites, e lençóis, abafados pela agonia.
A sinestesia das palavras não ditas, não permitidas, tão intocadas.
Imaculada flor, que me arranca as petalas.
Nobre canção de sacrificio a meus ouvidos tão surdos.
Peço mais uma vez que não cante.
Mas não deixe o silêncio
Por hora, retumba o eco da insatisfação completa, recuso-me e não acato.
Levo o coração no limites tão descobertos , mas nunca impostos.
São meus, carrego onde quero, pelo que quero
Como sacrificar a minha alma, pela nobreza de um coração que se enforca por mim?
Tenho medo dessas pausas da vida, mas cavalgo pela busca
Do que é tão arisco, tão arredio, tenho laço e corda na mão.
Se for preciso arrasto pelo pé, mas trago de volta, essa é minha promessa, para plantar as sementes certas.
E ouvir-te cantar a canção certa.