Roda
Roda roda roda e cai. Roda roda roda e cai. Roda roda roda e cai. Sentado aqui nesta mesa, eu, um copo de whisque e essa aliança. Gira gira gira e cai. Roda roda roda e cai. Olho agora para a sua redundante redundância em arco, vejo mais a frente o arco do cano do 38 recém adquirido de um indivíduo que certamente não tem habilitação pra vendê-lo assim como eu não tenho habilitação pra comprá-lo. É um grande passo. E exige coragem. Como sei que não vão colocar essa aliança em meu dedo na minha despedida, submeto a aliança dourada dourando aos aros desse revólver, cabe certinho, parece ter sido feita sob medida. E foi. Quando eu apertar esse gatilho tua aliança vai ficar gravada na minha testa e o teu nome... em meus miolos a céu aberto. Local adequado. Onde sempre esteve.