Brumas do tempo
Hoje cedo
No silêncio da cálida manhã
Ouvi o tempo que corria ligeiro
E por isso senti medo...
Se a infância despreocupada
Remetesse ao aroma de outrora
Jogaria pétalas ao vento
Como festins que afloram
Mas agora a maturidade
Diz de seu pedestal sapiente
Que para o mundo devemos atitudes
As ações que nos devoram...
Bem, nesse ínterim saio correndo
Transcendendo as pernas de outono
Jogo versos como protesto inocente
E faço deles meu consolo
Deixo a sábia soberba
Dos adultos sem retorno
E brinco com o colorido silente
Nas nuances de cada entorno...
ACCO