a espera do teu perdão

Que o teu perdão ressoe depressa

Por que nada mais me destrói o coração

Do que pensar que talvez esta dor,

Esta dor que por tanto tempo carregas

Surgiu das palavras amargas que eu disse

E das coisas que deixei de fazer.

Que eu possa depois escancarar-te minha existência

Para que nada que existe em mim seja-te uma incógnita

Ou quem sabe, uma surpresa dolorosa.

Que vejas todas as feridas que meu coração guarda,

Para que nada lhe faça mal,

Ou não eu lhe encha de amor demais.

Pois de fato, a palavra que nos faltou foi quantidade,

Tanto de coragem quanto de fé.

Mas ás vezes, a perfeição nos parece impossível.

Nada vejo mais com esses olhos empoeirados

Da limitação triste e humana,

Que nos cerca e nos maltrata.

O mundo é nosso por que amamos

E a magia de tudo esta no desejar

Esclarecido, escarnecido, agráfico.

Tudo que sempre queremos esta a nossa volta

Triste de quem ainda não viu

Seu próprio sonho sonda-lhe os passos.

Felipe de Oliveira Ramos
Enviado por Felipe de Oliveira Ramos em 07/04/2011
Código do texto: T2894896
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