Duas Amigas Escondidas
Duas amigas escondidas, com noção e sem expectativas do início de uma nova era, compartilham farelos de informações sem saber quem são ou pra onde vão, sem se quer saber, o como ou o porquê e sem nada terem em comum a não ser pequenos fragmentos.
Um reencontro com propósitos e muita sutileza, num mundo que conspira a favor dessa parceria numa estrada em que elas não enxergam nada a mais além dos tijolos, pedras e espinhos sobre seus pés.
São apenas amigas escondidas: uma provável conselheira que caminha próximo a uma provável mensageira esperando inquietamente por uma mensagem direta para então poder enxergar pouco mais além dos tijolos e desníveis sob seus pés, da mesma estrada de onde provavelmente a mensageira não sairá por ter mensagens a entregar.
Algumas figurinhas que tentam trocar no caminho enquanto o tempo se forma, ficam espalhadas pelo chão pela má compreensão uma da outra diante teorias e certezas que nunca se aplicam as duas ao mesmo tempo. São apenas visões diferentes. Experiências diferentes, almas e propósitos diferentes que precisam dessa parceria “em busca de”, então ambas disseram: “...deixe-me ser seus olhos...”. Essa frase selou a trégua na falta de entendimentos proporcionando as duas amigas, diferentes crenças e o mesmo brilho nos olhos de ainda assim serem importantes em seus propósitos e uma à outra.
A mensagem que não chega, faz as duas caminharem juntas por tempo indeterminado em rumo ao assustador desconhecido onde finalmente farão algo grande: descobrirão o propósito do propósito de cada uma e de todos.
Enquanto o tempo não se forma, o que fazer além de caminharem juntas de mãos dadas, apoiando e superando cada obstáculo como duas crianças perdidas? Afinal, sem saber quem são, não há muito o que se perder além da própria sanidade.
Para minha amiga Esfinge.