Medo do desconhecido

A dor, como explicar, mensurar algo que nos parece intocável.

A dor da fome, daqueles que sentem-se excluídos de uma sociedade hipócrita.

A dor da mãe que perdeu seu rebento e não consegue ver além da sua terrível angústia.

A dor da discórdia, da miséria, da falta de humanidade, de misericórdia, diante de uma guerra de poder.

Como explicar uma dor de revolta, de insatisfação, de amor, diante de tantas dores sangrentas?

Diante desta constatação, concluo o quanto somos egoístas. Mas no reflexo do espelho vejo um ser humano frágil, único. Alguém que consegue entender o sofrimento do ser humano, mas que perante sua imperfeição precisa vomitar a dor que lhe arde no peito, que sangra em suas entranhas, que faz com que se sinta dilacerado.

E essa dor é única, totalmente individual.

Onde é sabido que é preciso encontrar o canal para cicatrizar essa ferida aberta.

Kativa
Enviado por Kativa em 03/04/2011
Reeditado em 05/04/2011
Código do texto: T2887335