O Medo

Este é o MEDO...

Ter e calcular o tempo como condensação de frustrações:

O rancor do insoluto, do inextraível,

É o “Erro” que assola a alma espasmódica...

Volto pra mim mesmo, desejo tudo que não é “o” agora,

Mergulho nas profundezas da treva que a tudo consome:

Tudo some, mas o mundo permanece...

De novo volto como num feitiço do tempo,

ESTE é o medo...

Preso num ciclo infindo, de tal modo que

A língua paralítica, o punho teso, a alma aleijada,

Estanca a escrita da gente e nos impede de expressar...