SEXUALIDADE, PRECONCEITO E DISTORÇÃO
Preconceito é julgar uma pessoa com base em outras pessoas; é Julgar os filhos com base no comportamento dos pais ou vice e versa; é julgar o caráter de uma classe profissional, cultural, etc., com base no comportamento conhecido de alguns indivíduos dessas classes; é julgar um indivíduo com base no bairro onde mora, na escola que estudou e os companheiros que teve, sem conhecer todos os aspectos dessa pessoa.
E, diga-se de passagem, como as autoridades têm sido preconceituosas, perseguindo pessoas, assassinando algumas, como, por exemplo, os casos dos árabes nos EUA após a queda das torres gêmeas e o caso de Jean Charles de Menezes em Londres, bem como muitos casos de chacinas e coisas assim.
Preconceito é julgar todos os atributos de um indivíduo com base unicamente em um de seus atributos; é atribuir vários crimes a um indivíduo com base em um crime que ele cometeu. Seria como chamar alguém de burro por ele não saber uma determinada coisa. Seria como dizer “você não sabe nada” a uma pessoa que não sabe determinada coisa.
Preconceito é rotular por lei a opinião divergente das pessoas e enquadrar alguém por expressar opinião contrária não concordando com determinados comportamentos e valer-se do direito de não compartilhar do mesmo espaço onde se acham pessoas comportando-se inadequadamente.
Não é preconceito julgar um atributo de um indivíduo com base no comportamento conhecido dessa pessoa relativo a tal atributo. Por exemplo, não posso dizer que uma pessoa é incompetente porque ela não domina uma área ou não cumpre bem uma tarefa específica. Generalizar é preconceito. Mas posso dizer que essa pessoa não demonstrou competência naquela área ou não cumpriu a específica tarefa de forma competente. Isso não seria preconceito, pois trata-se de uma constatação.
Portanto, é preconceito julgar pessoas que não se conhece, comportamentos que jamais se viu, bem como aparências, embora em muitos aspectos continue valendo ditados como “digas com quem andas que te direi que és”, “é pelos frutos que se conhece a árvore”, etc.. Jesus, porém, para escândalo dos líderes religiosos de Sua época, andava com pecadores, mas não se confundia com eles. Ou seja, Ele fazia diferença na vida deles, mas eles não alteravam Sua conduta.
Sendo que após examinar-se determinado assunto, pessoa, comportamento etc. a opinião específica a respeito deixa de ser preconceito, sobre comportamento homossexual a muito se sabe que trata-se de uma escolha pessoal, embora há quem o defenda dizendo que é uma doença, bem como há os que dizem que é anomalia genética, sendo também classificado como terceiro sexo, embora cientificamente só se tenha encontrado o XX e o XY. Segundo a Bíblia, a prática trata-se de torpeza, escândalo e abominação e isto é um conceito, pois a Bíblia é inspirada por Deus.
Quanto a alguma rotulação de homossexuais, porém, o que se tem presenciado é que pessoas desse comportamento têm muitos conflitos com a sociedade. Fora disso, qualquer outro rótulo que lhes for atribuído ficará somente no nível do preconceito.
Quanto a discriminação, em nível local não tenho conhecimento de forte discriminação, pois não é comum que as pessoas de bem esculachem os homossexuais. Em geral, pessoas que não respeitam as opções alheias não são bem ajustados na sociedade. É certo, porém, que grande parte das pessoas comuns ficam escandalizadas com a presença de um homossexual saliente, mas em raros casos os indivíduos são desrespeitados por seu comportamento homossexual. Em contrapartida, eles não suportam que as pessoas emitam parecer sobre tal comportamento.
Se alguém diz que homossexual não presta, em primeira mão age preconceituosamente quanto aos demais homossexuais, se é o caso de que um ou mais homossexuais de seu meio demonstram mau caráter. É precioso conhecer cada indivíduo homossexual e todos os aspectos do caráter de cada um para poder saber o que há de bom ou mau no caráter de cada pessoa e então poder dar uma sentença sobre o caráter ou parte do caráter dos indivíduos. Contudo, rotular quem quer que seja como não prestando ou não valendo nada não é correto em circunstância alguma e, tampouco, Deus se agrada disso. Isso, porém, é usual entre a maioria da sociedade e especialmente por parte de pessoas que andam defendendo a ferro e fogo direitos exclusivos de classes.
Dizer que especifico indivíduo homossexual não presta seria ainda preconceito, pois fica subentendido que a pessoa não é boa por ser homossexual, sendo que por ser assim diz-se que todos os aspectos do seu caráter estão defeituosos. Isto não é verdade, pois todas as pessoas têm bons atributos apesar dos atributos maus que todos temos. E de mais a mais, muitas pessoas que não são homossexuais têm defeitos de caráter que muito homossexuais não têm.
Não seria preconceito dizer que homossexuais são isso ou aquilo, etc., se existisse um trabalho sistemático de avaliação de homossexuais e tal trabalho tivesse apurado, através das pesquisas com indivíduos de tal comportamento um comportamento padrão específico dos homossexuais. Ainda assim, não seria possível afirmar categoricamente que todos os homossexuais são assim ou agem assim nesse aspecto porque se poderia encontrar entre os milhares de pesquisados ou entre os que não foram submetidos a pesquisa um ou mais indivíduos que não respondessem da mesma forma ao quesito específico.
Não é preconceito, porém (embora que os defensores do homossexualismo e as leis atuais rotulem como preconceito e homofobia), dizer que determinado indivíduo possui comportamento homossexual e não se aceita o comportamento como normal, pois, de acordo com a Bíblia, tal comportamento é escandaloso e agressivo moralmente. Não se está aí julgando como maus todos os aspectos do caráter da pessoa por causa de sua opção sexual, mas deixa-se claro que não se está a iludir-se que tal comportamento não é impróprio e anti-natural, sendo escandaloso e inadequado do ponto de vista moral.
Quanto a mim, Jamais deixei de amar meus amigos homossexuais, jamais impedi algum de estar em minha companhia, exigindo apenas respeito e não aceitando que viesse com a retórica quase padrão dos homossexuais de que todo homem tem um gay enrustido. Jamais estivem em guerra com os homossexuais e jamais deixei de tratá-los dignamente, jamais lhes causando constrangimento por nenhum motivo, mas quando fui indagado por algum deles se concordava com comportamento homossexual jamais deixei de dar meu parecer, abordando todos os aspectos. Sempre reconheci as qualidades de todas as pessoas, sendo elas quem fossem; sempre valorizei as qualidades individuais das pessoas independente do comportamento inadequado que reproduzissem, conquanto que não fossem crimes. Ou seja, jamais neguei a qualquer pessoa, homossexual ou não, seu direito de escolher e de fazer o que bem entendesse e jamais privei alguém de seu espaço e, pela igualdade que nos assiste, podemos também exigir nosso direito ao espaço reservado, bem como de expressar opinião contrária a dos homossexuais, pois ninguém nasce assim.
Não é certo discriminar as pessoas por nenhum motivo, mas também não é justo obrigar as pessoas a conviver com comportamentos que elas não concordam, mas tais comportamentos vêm de pessoas que elas não discriminam. Se continuar no rumo que vai, pelas leis de desrespeito a liberdade de expressão que estão sendo aprovadas e entrando em vigor, as pessoas finalmente serão obrigadas a aceitar cessões de magia negra em suas próprias casas ou terão de manter-se junto a uma sessão que se ponha no lugar em que estiverem na rua para não serem enquadradas como preconceituosos e alguma coisa fóbicas.
Quanto ao homossexualismo, o que antes era inadequado, escandaloso e torpe agora se traveste de correto, compreensível e bom, recebendo respaldo até de leis aprovadas por legisladores que já nem podem emitir sua opinião ao custo de verem o que dizem forçado como racismo, com foi o caso do deputado federal Jair Bolsonaro. E, apesar da liberdade de expressão, as leis dão-lhes poder para condenar qualquer um que ao homossexualismo se opõe, nem que para isso precisem distorcer e forçar as palavras de depoimentos para incriminar seus oponentes, calá-los e receber indenizações. Muito conveniente! Isso é abuso.
Wilson do Amaral
Autor de Os Meninos da Guerra, 2003 e 2004, e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos, 2004.