"Indagação"

E ai, eu fiquei pensando... como os valores morais andam distorcidos, hoje as pessoas para suprir o ego precisam de dinheiro, a pessoa é julgada pelo o que ela tem e não pelo que ela é. Com dinheiro pode-se conquistar tanta coisa... inclusive a almejada independência financeira. Mas ai eu me pergunto, será que vale a pena? Perder sonhos, sorrisos, sentimentos, carinhos e tudo que se encaixa dentro do conceito de simplicidade, só para aparecer pros outros, com a necessidade de ser julgado pelos bens materiais? Vale a pena? Vale a pena ter a bolsa mais cara e o amor mais pobre? Pra mim não vale, pq quando morre um ser humano ele fede tanto quanto qualquer outro que já morreu. Fede, fede mesmo, apodrece igual, seja rico, pobre, milionário ou miserável, vai morrer e feder igualzinho, não entendo a dificuldade das pessoas entenderem isso, é fato. E o q fica? O q fica são os sentimentos que a pessoa soube ou não cultivar. A saudade que ela irá ou não deixar. A diferença que sua presença fazia quando estava vivo. Ser querido por alguém é facil, basta agradar. Mas ai o sentimento não brotou, foi imposto por uma condição que as pessoas teimam em estabelecer, a fase "neonatal" da futilidade humana: agradar para ser aceito. Embora sejam belas, a diferença está nos túmulos, é mto fácil reconhecer as flores artificiais que o dinheiro pode comprar... Ser feliz sem ser alegre não vale a pena. Não vale mesmo. A paz de espírito é impagável, não há dinheiro no mundo, que compre, muito menos depois que morre. Entende? Eu ainda acredito que ser é melhor do que ter, pq ter é inseguro... é instável, o "ser" nasce e morre com vc. A vida é efêmera, e deve ser vivida com intensidade e prazer, é o único bem que iguala todos os seres vivos. Quando se perde a vida, e/ou o sentido da vida. Se perde tudo que tem. E aí, eu fiquei pensando...

Vanessa Mayane. Goiânia, 31 de março de 2011.