SOLIDÃO DO POETA
Todos vão esquecer que um dia eu existi,
Nem meus vastos prantos vão sobreviver.
Versos com poeira de minha razão
Serão lembranças de um poeta solidão.
E meu nome negro será enterrado,
Será terra ressecada como a colheita
Que morreu sem dar frutos.
E na distância do azul
Serei imagem embaçada pelas nuvens,
Serei apenas um luto.
Quando olhar para baixo
E avistar homens sozinhos
Corroendo seu penar,
Farei um poema ao homem vivo
Que esqueceu de ser lembrado,
Porém hoje crucificado...