SOLIDÃO DO POETA

Todos vão esquecer que um dia eu existi,

Nem meus vastos prantos vão sobreviver.

Versos com poeira de minha razão

Serão lembranças de um poeta solidão.

E meu nome negro será enterrado,

Será terra ressecada como a colheita

Que morreu sem dar frutos.

E na distância do azul

Serei imagem embaçada pelas nuvens,

Serei apenas um luto.

Quando olhar para baixo

E avistar homens sozinhos

Corroendo seu penar,

Farei um poema ao homem vivo

Que esqueceu de ser lembrado,

Porém hoje crucificado...

Luiz Carlos Santos
Enviado por Luiz Carlos Santos em 31/03/2011
Código do texto: T2881758
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.