Vida bandida!
Vida mundana!
Vida cigana!
Que rasga o véu da virgem nua deitada na relva verde.
Geme de dores de parto, rogando pela terra e pelos homens.
Vida que fecunda vida.
Vida que traz a morte.
Insana e puritana.
Paraa amanhcer nos braços do seu amado.
Que breve será julgado de forma injusta.
Como injusta é a justiça do mundo.
E na cruz irá perecer.
Mas morrerá em paz, pois houve regozijos de prazer nos braços de Madalena.
Chora então a virgem deflorada.
Chora o homem por perder a mulher amada.
Chora Deus pela barbárie instalada.
Vida bandida!
Vida mundana!
Vida que, ao final, irá conceber o amor.
Fruto final.