As três peneiras
Certa vez, estava trabalhando numa
Obra Social Salesiana, quando um
funcionário veio até o meu escritório,
acredito eu, para fazer “uma média”:
-Padre François, o senhor nem
imagina o que me contaram a respeito
de fulano. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase e o
interrompi, dizendo:
-Espere um pouco! O que você vai
me contar já passou pelo crivo das
três peneiras?
Peneiras? Que peneiras, padre?
-A primeira peneira é a da verdade.
Você tem certeza de que esse fato é
absolutamente verdadeiro?
-Não. Não tenho, não. Como posso
saber? O que sei foi o que me
contaram. Mas eu acho que...
E, novamente, o interrompi:
-Então a sua história já vazou
a primeira peneira. Vamos então
para a segunda peneira,
que é a bondade. O que você
vai me contar, gostaria que os outros
também dissessem a seu respeito?
Imediatamente me respondeu
Assustado:
-Claro que não! Deus me livre, padre.
-Então, sua história vazou
a segunda peneira. Vamos ver
a terceira peneira, que é a
necessidade. Você acha mesmo
necessário me contar isso,
ou passá-lo adiante?
-Não, padre. Realmente, passando
pelo crivo dessas peneiras, vi que não
sobrou nada do que eu iria contar.
Veja como sua vida seria bem
melhor se procurasse evitar
essas situações e sempre usasse
as peneiras da verdade,
da bondade e da necessidade.
Seja uma pessoa inteligente
e não se esqueça de usar as três
peneiras. Elas sempre serão úteis
para você.
(François Harb Filho)