Maria

Maria, disseram que, verdadeiramente

Eu sou um poeta, pois então:

Te faço um poema, tão dispensados são...

Mas, olha, são feios, mas são de coração

O meu corpo não quer descansar

E uma alma tenta me fazer sempre descansar

Meu corpo quer alegria e sempre tentam me derrubar

Eu sou blindado de pouca cultura

E tenho, em mim, juventude, disse...

Eu disse certa vez que o amor fortalece

Pois bem, é verdade, mas vicia...

E quando entorpecido estamos

Não fazemos poemas como estes...

Não fazemos, por vezes, o que presta

Só o amor dela o que me resta!?

Quando persistente se é

Em ter como belos os cabelos pretos

Se é mais bonita a servir

A quem te ama e quem de ti precisa

Abandona o que não deve te pertencer

O que se, mas não se quer alcançar...

O distante...

Quem não conhece a insistência de quem ama

Desiste fácil do que tanto gosta

Tanto gosta, tanto gosta...

Maria, me disseram que era maravilhosa.