O Olhar nas coisa Simples

Na volta pra minha casa, viajo pelo mundo em exatos 30 minutos. É dentro de um ônibus que busco meus relatos e faço minha auto reflexão. Converso com meus pensamentos e os reorganizo de forma fantástica.

Hoje não foi muito diferente, porém teve um fato que me chamou atenção. Observei um velhinho sentado naquelas cadeirinhas especiais se levantando bem lentamente, parecia sentir fortes dores nas pernas e costas. Se escorou nas poutronas, tocou o sinal e se preparou para descida. Seu semblânte não era dos melhores, cheguei a sentir "pena" dele.

Daí pude perceber que ao parar do ônibus uma senhora o agarrou pela cintura, e lhe disse: -Aqui você estará sempre seguro! Ele olhou para trás e sorriu, e ela levemente com um gesto de carinho deu um tapinha e disse: - Vamos meu velho!

Ela parecia ser muito zelosa com ele, o ajudou a descer e ele mesmo com suas dores foi um cavalheiro por ajudá a subir a calçada. Saíram daquele ônibus sorrindo, na verdade pareciam jovens apaixonados, que mesmo com seus problemas tinham um ao outro como base.

Foi então, que percebi que por um momento não deveria ter "pena" dele e sim minha... Minha, por que não tenho quem me ame daquela forma e também não posso ter alguém para amar. E quando acho que tenho, algo acontece e me leva pra longe desse amor, sei que é cedo, mas me pergunto: Será que um dia viverei algo assim?

Algo que suporte o tempo, um amor que ultrapasse barreiras, algo flamejante como a chama constante de uma lareira, um que me arrabate e que faça esqueçer a razão... Um que me faça feliz!

"Chega de procurar, o amor que me encontre! Enquanto isso não acontece, semearei meus sentimentos"