Onde estão as estrelas?
Estou tão triste...
Como as estrelas que não vejo no céu a brilhar.
O espaço é tão denso e tão imenso que está vago, desejando alguém para ocupar.
Tenho tanta coisa para oferecer... Os meus sentimentos, o meu zelo e o meu trabalho.
Não sei se sou eu tão pequena, em meio a pessoas grandes...
Ou se sou eu com meus pensamentos tão gigantes convivendo com gente tão pequena?
Por isso, vago pelos caminhos tortuosos escondendo meu rosto, escondendo-o atrás de um sorriso molhado pelas lágrimas.
Quando sinto que algo diferente vai acontecer, tramita por um atalho curto já tanto conhecido o seu curso.
Luzes piscam reluzentes como em um dia de natal...
Depois as luzes cessam transformando tudo em completa escuridão, devolvendo-me a solidão.
O que faço para viver neste mundo onde desconheço as regras?
O que faço para sobreviver em um lugar onde não vejo respeito e compreensão?
Sinto-me como uma estrela, que os olhos vêem, mas ela não está mais lá...
Como se fosse um brilho ofuscado pelos interesses.
Meus pés vagam cansados, como se quisessem desistir da caminhada, são sempre as mesmas coisas, os mesmos acontecimentos mornos que aos poucos vão se tornando frios e sombrios em contraste com a minha luz.
Estou perecendo a cada amanhecer... Desvanecendo em mais um anoitecer...
Até quando suportarei essa condição?
Pareço que estou condenada a viver nesta prisão, como um ciclo vicioso, que tende a me puxar para ele, toda vez que estou prestes a me desvencilhar.
Onde estão as estrelas?
Para que com elas eu possa me juntar e sentir o doce aroma de suas companhias...