Frenesí
Eu pude sentir o meu coração malcriado galopar em meu peito
Meu corpo todo não me pertencia mais, ele agia com espasmos
Os meus olhos não conseguiam se abrir, sempre fechados
Os meus dentes trincados nos meus lábios já vermelhos
Suas mãos percorriam meu corpo em camera lenta, não tinha fim
E eu jamais desejei que tivesse um fim, podia durar a eternidade
O meu corpo estava dormente, mil borboletas em meu estomago
Eu não tinha controle sobre mim, sobre quem fui, ou seria
Eu fazia parte daquele momento como ar, como a noite, como o amor
Não havia o que fazer, a não ser me entregar a tudo o que me esperava, a tudo o que poderia sentir...
Um choque, um beijo, talvez um assopro, um toque minimo
E meu corpo inteiro se desfez em pedaços, em partes iguais de puro amor
Em partes iguais de prazer, em partes que refletiam ele a todo o momento
Fomos ao céu e voltamos tantas vezes naquele momento que perdi as contas
Eu estava de volta a terra, ao lado dele, com o cheiro dele, e isso era o bastante
Ele era o suficiente, o amor, ele, a paz, ele...