PÁTRIO PODER

Governar não é exercer o poder com mãos de ferro, mas, um exercício de sabedoria. Um grande desafio para os que detêm o poder.

Um bom governante independentemente da área em que exerça o seu domínio, não é aquele que faz prevalecer todo o tempo ou quase todo ele, a sua vontade. Governar é ter o poder e a sabedoria de administrar as vontades que nos cercam e refiná-las em uma única, em prol do bem comum.

Ao contrário do que se pensa o exercício da humildade não é missão dos humildes, pois estes já o são. Aprender e exercitar a humildade é o maior desafio que os poderosos, os dominadores têm nessa vida. Provação em que um número incontável de poderosos, costuma falhar.

Nada corrompe mais a alma humana do que o poder, pois, quando somos dotados de personalidade poderosa, tendemos muitas vezes a nos tornarmos intransigentes, totalitaristas, não respeitando as personalidades e o ambiente que nos cercam. Isso pode ser observado não apenas entre os governos políticos de modo geral. Essa postura pode ser observada em qualquer ambiente sob o domínio de uma personalidade poderosa: Nos lares, locais de trabalho, etc., etc...

Pais dominadores, quando não sábios, que deixam de exercitar neles próprios a dose de humildade que lhes cabe. Aniquilam a personalidade e sufocam a alma dos filhos mais frágeis e, criam um antagonismo com os filhos, assim como eles, dotados de personalidade dominante. Governar o lar e aos filhos, é orientá-los e conseguir fazer com que se desperte neles suas melhores habilidades, para que possam viver o melhor possível em sociedade e terem condições de em sua vida adulta exercerem a soberania que lhes cabe das próprias vidas.

É muito comum ouvirmos pais totalitaristas reclamarem da falta de iniciativa dos filhos, esquecendo-se de que: Para que alguém desenvolva em si o espírito de tomar iniciativa, é necessário que permitamos a essa pessoa tomá-las e a arcar com a responsabilidade das mesmas. Do contrário essa pessoa se transformará, caso tenha personalidade submissa, em mero executor de ordens. E no caso de serem dotados da criatividade inerente as personalidades dominantes, esse filho tenderá a pender para a rebeldia ou a apatia. Pois um ser criativo, precisa de liberdade para exercitar sua criatividade do contrário, morre em vida.

Um chefe de trabalho totalitarista, não chefia... administra uma zona de conflitos com prejuízo da produtividade e do resultado final. Uma chefia sábia e competente sabe aproveitar as habilidades dos seus subordinados em favor da empresa. Não teme a criatividade dos seus funcionários... a absorve, administra e coordena.

Um funcionário satisfeito, veste a camisa da empresa. E da mesma forma um filho quando respeitado na sua individualidade, não se afasta dos pais... Mesmo que esteja longe.

“Um animal coagido, pode até ceder. Mas, na primeira oportunidade irá atacá-lo.”

Uma sociedade escravagista é retrograda e não consegue se desenvolver da mesma forma que uma sociedade que se baseia nos princípios da liberdade. Os líderes totalitaristas são normalmente aqueles que povoam a listas dos criminosos da humanidade. Um escravo não clama por uma colheita farta, clama por liberdade... É o que a história da humanidade nos ensina.

É fato que sempre haverão líderes e aqueles que a eles se submetem. Mas é importante lembrarmos que: A submissão dos que nos seguem é uma honraria que deve ser conseguida através do respeito.

"Por trás da doçura que me confere algum equilíbrio, eu sou uma dominadora. E acreditem, mas fácil me seria se fosse diferente."

Paz... Sabedoria a todos.

cinara
Enviado por cinara em 15/03/2011
Reeditado em 15/03/2011
Código do texto: T2849247
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