Pedaços.

Retirou e ponto.

Cobriu-me do frio

Libertou-me das trevas, pedaços meus aos chão.

Detritos de meus restos, soprando contra ventos da saudade.

Guerra covarde de meus medos.

E de ausência.

E de insegurança, fria gélida, carne mal passada.

Não há sono, este deu espaço a algo maior.

Inóspito lugar este ao lado da solidão

Justo você com asas compridas, tão cortadas agora.

Travo guerras entre a sanidade e a loucura.

E agora como voar?

A neblina acoberta, mas não faz o tempo passar mais rápido.

Há questão em faze-lo passar? Dúvida.

Mas levo leves passos adiante

Ampara-me Deus, que eu ainda tenho fé.

Antecipando acontecimentos,

Pré-vejo insatisfação, mas não minha,

E o futuro que tinham hortas no quintal,

Parece-me como prosa mal escrita.

Ou sonho mal dormido.

Aconteça o que tiver de acontecer, e acontecerá

Tens parte de mim

Parte de inicio, e parte de fim.

E tudo aquilo que pertence a ti, que retirou.

Espero eu em tantos cantos, que não me devolva.

Não assim tão breve.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 14/03/2011
Reeditado em 14/03/2011
Código do texto: T2848518
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.