Esperança destruidora das possiveis desistências .
Entre veias e artérias, passeia o sangue que sustenta
Entre órgãos e válvulas, o mesmo sangue que incomoda
Dentre nervos e neurônios a resposta que se atrasa
Paralisa a paralisia, paralisante que parou
Para todos os efeitos parâmetros suspensos
Pararaios que protegem a luz que me carrega
Natureza desnaturalizada devido à dor que dominou
Cabeça persistente em recuperar o que perdi
Passos que animam meu redor.
Divertir sem diversão
Entreter a dispersão
Aviso aos submersos
A vida não morreu
O poeta não rendeu o poeta não esquece a solidão
Solitarismo social, socialismo pessoal.
Contrários a favor favorecendo o contrariar
O dizimo brutal de um mecanismo irracional
Otários sem rancor apodrecendo o meu pensar .
Desviado pelo ânsia , decomposto e sem saída
Afundado na inércia se enojando pela vida
Lunático de razão extrema , vê o fim na salvação
Terão eles algum esquema pra desviar da dispersão ?
Sei lá o que sei bem , sei bem que sei demais
Saber o que não se pode , é querer poder o que não se quer .
Perder , perdendo o perdão , amar e resmungar uma canção
Não vejo mais a luz , que cega todo dia o mal que me persegui .
E a Esperança só destrói qualquer possibilidade de desistir.